Espécies Arbóreas Ind́ıgenas Em Portugal Continental - Guia de Utilização. Bingre do Amaral, P., Aguiar, C., Neto, C., Capelo, J., & Lopes, F. Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I. P..
Espécies Arbóreas Ind́ıgenas Em Portugal Continental - Guia de Utilização [link]Paper  abstract   bibtex   
[Excerpt: Introduction] A recuperação da vegetação natural portuguesa constitui um dos objetivos primordiais da poĺıtica florestal desde os seus primórdios no séc. XIX, o que tem assegurado um papel dominante das espécies ind́ıgenas até aos dias de hoje. É assim que, segundo o 6.º Inventário Florestal Nacional, cerca de 70\,% da superf́ıcie arborizada é dominada por espécies ind́ıgenas (ou autóctones), que formam os tipos de povoamentos mais comuns no Continente. [] A diversificação da composição da floresta, quer ao ńıvel regional, quer da composição dos povoamentos, deve assentar sobretudo nas espécies ind́ıgenas e é uma condição essencial para a compatibilização e valorização das diferentes funções desempenhadas pelos espaços florestais. Para além disso, a diversificação das florestas reforça a sua resistência e resiliência, num contexto de fortes perturbações (secas, incêndios, pragas e doenças) e de incerteza na evolução da sociedade e das suas exigências. [] Os ecossistemas (semi-)naturais de Portugal continental, situado no quadrante Oeste da Peńınsula Ibérica, não apresentam a variedade dendrológica de outras regiões da bacia mediterrânica ou mesmo de pequenas ilhas atlânticas, como a Madeira. Tal deve-se, não só às favoráveis condições para o crescimento vegetal, pouco proṕıcias à diversificação das espécies, mas também às crises climáticas e de extinções do Quaternário e à longa e profunda intervenção humana na paisagem, que motivou o desaparecimento, sobretudo após o ińıcio do Neoĺıtico, de muitas espécies autóctones, registadas em estudos paloeobotânicos efetuados em várias regiões do Páıs. [] Ainda assim, o Continente possui um acervo de espécies significativo e adaptado a quase todos os ambientes e procuras sociais, sendo porém pouco conhecido de muitos proprietários e gestores florestais ou mesmo de cidadãos preocupados com a defesa do ambiente e das paisagens regionais. [] Este Guia tem como principal objetivo contribuir para o conhecimento das espécies arbóreas ind́ıgenas do Continente e fomentar a sua utilização nas arborizações, na natureza e nos espaços urbanizados, pretendendo ser uma primeira introdução ao tema, para cujo desenvolvimento o caṕıtulo ” Para saber mais” aponta diversos caminhos. [] A declaração de 2012 da Assembleia Geral das Nações Unidas, designando o dia 21 de março como Dia Internacional das Florestas, constituiu uma oportunidade para que, neste dia (e nos outros do ano!) recordemos a importância das florestas e dos seus recursos e recuperemos o hábito já antigo de ativamente o comemorar: plantando árvores, de preferência ind́ıgenas.
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  author = {Bingre do Amaral, Pedro and Aguiar, Carlos and Neto, Carlos and Capelo, Jorge and Lopes, Fernando},
  editor = {Castro Vasco, Inês},
  date = {2016-03},
  publisher = {{Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I. P.}},
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  abstract = {[Excerpt: Introduction]

A recuperação da vegetação natural portuguesa constitui um dos objetivos primordiais da poĺıtica florestal desde os seus primórdios no séc. XIX, o que tem assegurado um papel dominante das espécies ind́ıgenas até aos dias de hoje. É assim que, segundo o 6.º Inventário Florestal Nacional, cerca de 70\,\% da superf́ıcie arborizada é dominada por espécies ind́ıgenas (ou autóctones), que formam os tipos de povoamentos mais comuns no Continente.

[] A diversificação da composição da floresta, quer ao ńıvel regional, quer da composição dos povoamentos, deve assentar sobretudo nas espécies ind́ıgenas e é uma condição essencial para a compatibilização e valorização das diferentes funções desempenhadas pelos espaços florestais. Para além disso, a diversificação das florestas reforça a sua resistência e resiliência, num contexto de fortes perturbações (secas, incêndios, pragas e doenças) e de incerteza na evolução da sociedade e das suas exigências.

[] Os ecossistemas (semi-)naturais de Portugal continental, situado no quadrante Oeste da Peńınsula Ibérica, não apresentam a variedade dendrológica de outras regiões da bacia mediterrânica ou mesmo de pequenas ilhas atlânticas, como a Madeira. Tal deve-se, não só às favoráveis condições para o crescimento vegetal, pouco proṕıcias à diversificação das espécies, mas também às crises climáticas e de extinções do Quaternário e à longa e profunda intervenção humana na paisagem, que motivou o desaparecimento, sobretudo após o ińıcio do Neoĺıtico, de muitas espécies autóctones, registadas em estudos paloeobotânicos efetuados em várias regiões do Páıs.

[] Ainda assim, o Continente possui um acervo de espécies significativo e adaptado a quase todos os ambientes e procuras sociais, sendo porém pouco conhecido de muitos proprietários e gestores florestais ou mesmo de cidadãos preocupados com a defesa do ambiente e das paisagens regionais.

[] Este Guia tem como principal objetivo contribuir para o conhecimento das espécies arbóreas ind́ıgenas do Continente e fomentar a sua utilização nas arborizações, na natureza e nos espaços urbanizados, pretendendo ser uma primeira introdução ao tema, para cujo desenvolvimento o caṕıtulo ” Para saber mais” aponta diversos caminhos.

[] A declaração de 2012 da Assembleia Geral das Nações Unidas, designando o dia 21 de março como Dia Internacional das Florestas, constituiu uma oportunidade para que, neste dia (e nos outros do ano!) recordemos a importância das florestas e dos seus recursos e recuperemos o hábito já antigo de ativamente o comemorar: plantando árvores, de preferência ind́ıgenas.},
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